Fevereiro/2016
Neste 4 de fevereiro, Dia Mundial do Câncer, o Inca lançou a Estimativa 2016 – Incidência de Câncer no Brasil, também disponível em PDF, com informações consolidadas e desagregadas por regiões, estados e capitais.
O Dia Mundial do Câncer, instituído em 2005 pela União Internacional para o Controle do Câncer (UICC), tem como objetivo mobilizar o maior número de pessoas no mundo pelo controle do câncer. Atualmente, 8,2 milhões de pessoas morrem por ano de câncer no mundo.
Assim como o câncer afeta cada um de diferentes formas, todas as pessoas têm o poder de tomar diversas atitudes para reduzir o impacto do câncer nos indivíduos, nas famílias e nas comunidades. “Nós podemos. Eu posso” é o tema da campanha para o período de 2016 a 2018, protagonizada no Brasil pelo Instituto Nacional do Câncer (Inca). A campanha pretende mostrar como todos – em grupo ou individualmente – podem fazer a sua parte para reduzir o câncer.
No Brasil, foram registradas 189.454 mortes por câncer em 2013, segundo o Inca. Para 2016, estima-se a ocorrência de mais de 596 mil casos da doença no país. Entre os homens, são esperados 295.200 novos casos, e entre as mulheres, 300.870. O tipo de câncer mais incidente em ambos os sexos será o de pele não melanoma (175.760 casos novos a cada ano), o que corresponde a 29% do total estimado. Depois desse, para os homens, os cânceres mais incidentes serão os de próstata (61.200 novos casos/ano), pulmão (17.330), cólon e reto (16.660), estômago (12.920), cavidade oral (11.140), esôfago (7.950), bexiga (7.200), laringe (6.360) e leucemias (5.540). Entre as mulheres, as maiores incidências serão de cânceres de mama (57.960), cólon e reto (17.620), colo do útero (16.340), pulmão (10.860), estômago (7.600), corpo do útero (6.950), ovário (6.150), glândula tireoide (5.870) e linfoma não-Hodgkin (5.030).
Câncer de colo do útero é tema central da ONU
O tema central do Dia Mundial contra o Câncer de 2016 proposto pela ONU é câncer de colo do útero, também chamado câncer cervical. A ONU pretende conscientizar a comunidade internacional a respeito deste tipo de câncer que mata mais de 250 mil mulheres por ano e é mais fatal em países de baixa e média renda. As Nações Unidas também destacam a importância do combate ao câncer de colo do útero para o cumprimento dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODSs) relativos à saúde das meninas e mulheres e à redução dos casos de doenças não transmissíveis. O movimento Cada Mulher, Cada Criança (Every Woman, Every Child) visa erradicar essa forma de câncer.
A prevenção e controle desse tipo de câncer também podem fortalecer a luta contra a Aids, já que ambas as doenças favorecem o aparecimento uma da outra em pacientes.
Mais informações:
Estimativa 2016 – Incidência de Câncer no Brasil
World Cancer Day – Página da OMS
World Cancer Day – Página da União Internacional para o Controle do Câncer (UICC)
Leia no blog de HCS-Manguinhos:
Artigo discute a persistência do câncer de colo de útero no Brasil
Quanto menos estudo, maior o risco, explica Luiz Antonio Teixeira.
Leia em HCS-Manguinhos:
Dos gabinetes de ginecologia às campanhas de rastreamento: a trajetória da prevenção ao câncer de colo do útero no Brasil, artigo de Luiz Antonio Teixeira (vol.22 no.1 jan./mar. 2015).
História do Câncer – atores, cenários e políticas públicas, entrevista com Luiz Antonio Teixeira, coordenador do projeto História do Câncer – Casa de Oswaldo Cruz
“Câncer no século XX: ciência, saúde e sociedade”, edição especial de HCS-Manguinhos (Vol. 17, supl. 1, jul. 2010)