Fevereiro/2015
As denominadas medicinas tradicionais continuam sendo chave para o desenvolvimento da saúde na América Latina e no Caribe. O aumento expressivo da demanda por alternativas terapêuticas fora do sistema biomédico estimula o estudo da história da descriminalização das medicinas tradicionais para se entender o que está acontecendo no campo. Com este propósito, a historiadora Carmen Beatriz Loza entrevistou Walter Álvarez Quispe, terapeuta Kallawaya e médico especializado em cirurgia geral e ginecologia. Quispe conta sobre a luta dos terapeutas tradicionais e alternativos bolivianos pela despenalização das suas práticas entre 1960 e 1990. A Bolívia foi o primeiro país na América Latina e no Caribe a despenalizar a medicina tradicional. Segundo o entrevistado, os louros colhidos principalmente pelos Kallawayas advêm de um projeto próprio, autônomo, e suas conquistas não se devem a políticas oficiais de interculturalidade em saúde, mesmo que se busque atribuí-las a isso. Veja a entrevista completa em espanhol: Medicinas tradicionales andinas y su despenalización: entrevista con Walter Álvarez Quispe, por Carmen Beatriz Loza (vol.21, no.4, out/dez 2014) Veja também: Loza, Carmen Beatriz. ¿Por qué es difícil subordinar la medicina tradicional andina a la biomedicina?. Hist. cienc. saude-Manguinhos, Mar 2014, vol.21, no.1, p.353-356. ISSN 0104-5970 Loza, Carmen Beatriz. ¿La disminución de la mortalidad materna es un simple problema técnico de adecuación cultural?. Hist. cienc. saude-Manguinhos, Set 2013, vol.20, no.3, p.1082-1086. ISSN 0104-5970A despenalização das medicinas tradicionais andinas
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