Fapesp divulga vídeos sobre o impacto da ditadura na universidade

Durante os 21 anos que durou o regime militar, cerca de 300 docentes do ensino superior foram aposentados compulsoriamente ou exonerados de suas funções, ainda que a contabilidade dos expurgos seja inconclusiva em razão da escassez de documentos e trabalhos sobre o tema. O primeiro de uma série de três produzidos pela equipe da revista Pesquisa Fapesp traz os depoimentos da demógrafa Elza Berquó, do filósofo José Arthur Giannotti e do sociólogo e ex-presidente da República Fernando Henrique Cardoso sobre o impacto da ditadura na universidade brasileira, em especial na Universidade de São Paulo (USP), em um período marcado também pela estruturação da pós-graduação. Clique para assistir. No segundo vídeo da série, Thomas Maack, Michel Rabinovich e o casal Ruth e Victor Nussenzweig falam sobre suas trajetórias e experiências como pesquisadores da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP) antes e depois do golpe de 1964. O regime levou cientistas importantes a se exilarem no exterior e adiou por décadas o retorno ao Brasil. Clique para assistir. Fonte: Revista Agência Fapesp Leia mais: O impacto na academia (reportagem na revista Pesquisa Fapesp de abril/2014) Três centenas de professores foram afastados das universidades brasileiras pela ditadura, período marcado pela estruturação da pós-graduação Os impactos da ditadura no meio acadêmico O Colégio Brasileiro de Altos Estudos promoveu o seminário “Projetos Interrompidos: repercussões da Ditadura sobre a universidade, os trabalhadores e os povos indígenas”. Ciência e Cultura traz artigos sobre o impacto da ditadura na ciência brasileira Núcleo temático publicado na revista da SBPC foi coordenado pelo historiador Rodrigo Patto de Sá Motta (UFMG) Reflexão sobre universidade, ciência e ditadura abre o XVI Encontro Regional de História na Fiocruz Rodrigo Patto Sá Motta falou para um auditório lotado de professores, pesquisadores e alunos Golpe de 64: envolvimento de empresários e da sociedade civil no centro dos debates Com o objetivo de contribuir para os debates sobre os 50 anos do golpe de 1964, o blog de HCS-Manguinhos entrevistou dois historiadores que se dedicam ao estudo do tema: Renato Lemos, da UFRJ, e Daniel Aarão Reis, da UFF. 1964 e os anos de chumbo A aula inaugural do ano letivo da Fiocruz de 2014 lembrou um tempo sombrio feito de autoritarismo, arbítrio, tortura, perseguições, censura e mortes.